sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Né...

Eis uma palavra inócua e, à primeira vista, insignificante, que traz em si uma ampla gama antitética de expressividade. É um convite à reflexão, sobre a nobre riqueza da linguagem. É como uma aglutinação entre um advérbio de negação "não", com o verbo ser, conjugado,"é", resultando no tão falado - ainda mais por falantes de etnia nipônica - "né". A semanticidade paradoxal de tal forma linguística, mais usada na linguagem oral, reflete o jogo de palavras que pode ser realizado com a fala. Afinal, uma negação gera uma afirmação/ concordância com o discurso do interlocutor. O "né" condensa em si todo o falatório "sim, eu concordo com vc", simples e direto como a fala pede para ser. E ainda, seu tom, interrogativo, mas com significado afirmativo, em sentido de concordância, é outro convite à reflexão. Tal interrogativa ainda perpetua ou finda o diálogo em um profundo: "né". Né?! Né!!

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